A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai rever nesta terça-feira (12) o reajuste anual tarifário autorizado no início do ano a 14 distribuidoras de energia.
O objetivo é considerar no cálculo a devolução de tributos pagos a mais pelos usuários de energia no passado. A tendência é que os reajustes, que em alguns casos chegaram a até 24% para consumidores residenciais, sejam reduzidos.
A chamada “revisão tarifária extraordinária de 2022” consta da pauta da reunião da diretoria da Aneel desta terça-feira.
Serão alvos da revisão as distribuidoras que tiveram reajustes aprovados entre fevereiro e maio deste ano: Companhia Energética de Pernambuco (Celp); Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Neoenergia Coelba); Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Neoenergia Cosern); Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista); Companhia Jaguari de Energia (CPFL Santa Cruz); Energisa Borborema; Energisa Mato Grosso do Sul; Energisa Mato Grosso; Enel Distribuição Ceará; Equatorial Alagoas; Light Serviços de Eletricidade; Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe); Energisa Sergipe e Enel Distribuição Rio.
A diretora-geral interina da Aneel, Camila Figueiredo Bomfim Lopes, já havia informado no fim de junho que essas distribuidoras passariam por revisão tarifária, mas ainda não havia marcado a data.
A devolução dos tributos pagos a mais pelos consumidores foi objeto de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em junho, numa ofensiva de parlamentes e do governo para atenuar os reajustes da conta de luz em ano eleitoral.
Até maio, os reajustes aprovados pela Aneel estavam, em média, em 18%. Em alguns casos, chegaram a quase 24% para consumidores residenciais.
A mesma lei que autorizou a devolução dos valores obrigou a Aneel a aplicar os descontos nos reajustes tarifários anuais das distribuidoras de energia e a fazer uma revisão extraordinária no caso daquelas que já passaram pelo processo de reajuste.
Ao todo, há um saldo de cerca de R$ 48 bilhões em créditos tributários para serem usados, frutos de impostos pagos a mais pelos consumidores na tarifa. Informações do G1.
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